quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

É tempo de sentir com a Igreja, diz Dom Odilo em Roma

O Cardeal Dom Odilo em Roma para os trabalhos do Conclave

O Cardeal Arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer, já está em Roma para viver os últimos momentos do pontificado de Bento XVI e também participar dos trabalhos do Conclave que elegerá o novo Sucessor de Pedro. O prelado brasileiro chegou à capital italiana, na manhã desta quinta, 28, e participou da última audiência geral com o Papa, um momento histórico para a Igreja que Dom Odilo destacou como “emocionante e profundo”.
“O Papa, na audiência, falou de uma maneira profunda e, ao mesmo tempo, transparente sobre o que significava a sua renúncia, fazendo também um convite para que a Igreja viva o essencial de sua fé: a confiança em Jesus Cristo, que não abandona a Sua Igreja. Nós sabemos que as pessoas passam, o Papa também passa, mas a Igreja permanece”, disse o Cardeal.
Durante entrevista com com a equipe de jornalismo da Canção Nova, Dom Odilo salientou que Bento XVI deixa um grande legado para a Igreja, como um pastor que soube falar de assuntos profundos de uma forma simples.  “O Ano da Fé, por exemplo, é um grande legado de Bento XVI, que chama a Igreja a renovar a sua fé. Junto a isso podemos também destacar o convite para uma Nova Evangelização, cuja exortação apostólica, do último Sínodo dos Bispos, realizado em outubro de 2012, ficará para o próximo Papa, mas foi Bento XVI quem alertou a Igreja para este novo impulso evangelizador. Recordemos também que, no Sínodo dos Bispos, em 2008, o Papa chamou toda a Igreja a se voltar para a centralidade da Palavra de Deus. Então, parece-me que o grande legado que Bento XVI deixa para nós são essas chamadas para vivermos o essencial da nossa fé.”
Falando dos trabalhos do Conclave e de toda a especulação que se cria em torno dos cardeais e do futuro Papa pela mídia em geral, Dom Odilo ressaltou que é tempo de unidade e oração pela Igreja. “Eu tenho falado e torno a repetir: vamos viver este tempo com fé e unidos à Igreja. Se nós ficarmos ouvindo os comentários, as especulações, podemos ficar muito confusos. Então, vamos ficar com a Igreja, sentir por dentro dela, vendo com um olhar de fé aquilo que está se passando, neste tempo, sem nos deixar amedrontar”, concluiu o Cardeal.
Por Canção Nova

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Bento XVI continuará usando vestes brancas e será chamado Papa emérito


O porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, trouxe novas informações sobre as vestes e o nome de Bento XVI após a renúncia

Em coletiva na Sala de Imprensa da Santa Sé, nesta terça-feira, 26, o padre Federico Lombardi informou que, após sua saída do Pontificado, Bento XVI continuará usando uma veste branca, no entanto, sem o manto tradicional, e não usará mais os sapatos vermelhos.
Padre Lombardi destacou que Bento XVI continuará a ser chamado “Sua Santidade Bento XVI”, mas também “Papa emérito” ou “Romano Pontífice emérito”. Ele disse ainda que nestes últimos dias de Pontificado, o Santo Padre tem recebido mensagens de agradecimento de várias partes do mundo.
Outra informação divulgada pelo porta-voz do Vaticano foi a confirmação de que o Anel do Pescador (Anel do Papa) será anulado no momento em que a Sé ficar Vacante, ou seja, a partir das 20h (horário de Roma – 16h em Brasília) desta quinta-feira, 28.

Por Canção Nova

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

BENTO XVI Publicado documento do Papa com mudanças sobre o Conclave


Papa publica documento que permite antecipar o Conclave
Canção Nova, com Rádio Vaticano
O boletim da Santa Sé publicou, nesta segunda-feira, 25, a carta apostólica em forma de Motu Proprio (de iniciativa própria) do Papa Bento XVI com algumas modificações relativas à eleição do Papa. Entre as alterações, está a possibilidade, facultada aos cardeais, de antecipar o Conclave.
No Motu Proprio, ficou estabelecido que “do momento no qual a Sé Apostólica esteja legitimamente vacante, deve-se esperar por 15 dias completos os ausentes antes de iniciar o Conclave”.  O Papa deixa ao Colégio de Cardeais a possibilidade de antecipar o início do Conclave se constar a presença de todos os cardeais eleitores, bem como de prolongar, se houver motivos graves, o início da eleição por alguns dias. Passados, porém, ao máximo 20 dias do início da Sé Vacante, todos os cardeais eleitores presentes devem proceder com a eleição.
Também foram especificadas as normas para o sigilo do Conclave: “Todo o território da Cidade do Vaticano e também a atividade ordinária dos escritórios estabelecidos no seu escopo deve ser ajustada para esse período, de modo a assegurar a confidencialidade e o livre desenvolvimento de todas as operações relacionadas com a eleição do Sumo Pontífice”.
Em relação ao sigilo, também ficou estabelecido que deve ser providenciado, com a ajuda dos prelados clérigos da Câmara, que os cardeais eleitores não sejam abordados por ninguém durante o percurso da Casa Santa Marta, local onde ficam hospedados os cardeais, até o Palácio Apostólico Vaticano.
Caso o sigilo absoluto de questões relacionadas ao Conclave seja violado, isso implicará excomunhão.
Quanto à eleição do novo Pontífice, o Papa estabelece que sua validade estará sujeita à obtenção de, ao menos, dois terços dos votos, computados com base nos eleitores presentes e votantes.
Caso a eleição não tenha êxito, é estabelecido que seja dedicado um dia à oração, à reflexão e ao diálogo. Na eleição sucessiva, terão voz passiva somente dois nomes que, na votação anterior, obtiveram o maior número de votos. Também para esta votação será necessário obter, ao menos, dois terços de votos dos cardeais presentes e votantes. Nestas votações, os dois nomes já não têm mais voz ativa.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Papa agradece aos colaboradores que carregaram com ele o "peso do ministério petrino"


Cidade do Vaticano (RV) – Conclui-se esta manhã, no Vaticano, o retiro quaresmal do Papa e da Cúria Romana.

Depois da última reflexão do pregador dos Exercícios Espirituais deste ano, Card. Gianfranco Ravasi, o Papa Bento XVI tomou a palavra para agradecer:

“No final dessa semana espiritualmente tão densa, permanece somente uma palavra: obrigado, obrigado a vocês por esta comunidade orante em escuta, que me acompanharam esta semana. Obrigado principalmente ao senhor, eminência, por essas caminhadas tão belas no universo da fé e no universo dos salmos. Ficamos fascinados pela riqueza, profundidade e beleza desse universo da fé e estamos gratos porque a palavra de Deus nos falou de modo novo, com nova força.”

Bento XVI recordou que a “arte de crer, arte de rezar” foi o fio condutor dessas meditações, e lhe veio em mente o fato que os teólogos medievais traduziram a palavra logos não somente como verbo, mas também como arte. “O logos não é somente uma razão matemática. O logos tem um coração, o logos é também amor.” 

A verdade é bela, explicou. Verdade e beleza caminham juntas. A beleza é o sigilo da verdade. Todavia, o mal e o sofrimento estão comprometendo a criação. “Parece que o maligno quer permanentemente sujar a criação para contradizer Deus e para tornar irreconhecível a sua verdade e a sua beleza.” 

O Filho encarnado é coroado com uma coroa de espinhos e justamente nesta figura sofredora do filho de Deus começamos a ver a beleza mais profunda do nosso Criador e Redentor. Podemos no silêncio da noite escura ouvir a palavra. E acreditar nada mais é do que, na obscuridade do mundo, tocar a mão de Deus e assim, no silêncio, ouvir a Palavra, ver o amor. 

No final, o Papa disse:

“Gostaria de agradecer a todos vocês não somente por esta semana, mas por esses oito anos em que carregaram comigo com grande competência afeto, amor e fé o peso do ministério petrino. Permanece em mim esta gratidão e mesmo que agora acabe esta visível comunhão exterior, permanece a proximidade espiritual, fica uma profunda comunhão na oração. Nesta certeza prosseguimos, certos da vitória de Deus, certos da verdade da beleza e do amor. Obrigado a todos vocês.” 

Além desse breve pronunciamento, Bento XVI escreveu uma carta de agradecimento ao Presidente para a Cultura, Card. Gianfranco Ravasi.

Na missiva, o Pontífice afirma que a semana dos Exercícios constitui um tempo ainda mais intenso de silêncio e de oração.

O itinerário proposto pelo Cardeal, permitiu renovar a “ars credendi”: “Uma exigência solicitada pelo Ano da Fé, que se torna ainda mais necessária pelo momento especial que eu pessoalmente e a Sé Apostólica estamos vivendo. O Sucessor de Pedro e os seus colaboradores são chamados a dar à Igreja e ao mundo um testemunho de fé claro, e isso é possível somente graças a uma profunda e estável imersão no diálogo com Deus”.

Bento XVI conclui afirmando que o Senhor saberá recompensar o Card. Ravasi pelo seu trabalho, que ele desempenhou “brilhantemente”, garantindo-lhe suas orações e seu afeto. 

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Como funciona o Conclave?

Entenda como funciona o Conclave que elege um novo Papa:

Conclave é a reunião dos cardeais da Igreja Católica para eleger um novo Papa. A palavra “conclave”, do latim, quer dizer “com chave”, vem do fato de que, antigamente, quando os cardeais que iam eleger um novo Papa ficavam trancados com chave na Capela Sistina, ou outro local, até que um novo Pontífice fosse eleito. Ficavam totalmente sem comunicação com o povo.
Hoje, a eleição do Papa é realizada segundo a Constituição Apostólica UNIVERSI DOMINICI GREGIS (22/02/1996), do Papa Beato João Paulo II, que rege o funcionamento do Conclave e da eleição do novo Pontífice. É um longo documento com 92 parágrafos, o qual pode ser lido no site do Vaticano.

Vejamos os pontos mais importantes do Conclave:

O Conclave é um retiro sagrado, no qual os cardeais eleitores invocam o Espírito Santo para proceder à eleição do Romano Pontífice. O artigo 37 estabelece que o Conclave começará 15 dias depois de vacante a Sé Apostólica, embora o Colégio de Cardeais possa estabelecer outra data, a qual não pode se atrasar mais do que 20 dias da vacante. Todos os cardeais eleitores ficam hospedados em uma acomodação, na chamada “Domus Sanctae Marthae”, construída na Cidade do Vaticano.
Domus Sanctae Marthae: Residência em estilo hotel onde os cardeais ficam durante o Conclave
Como funciona o Conclave?

Na parte da manhã e na parte da tarde, são feitas as orações e a celebração das sagradas funções ou preces que se acham indicadas no mencionado “Ordo rituum Conclavis”. Em seguida, há os procedimentos para as eleições. Podem votar e ser votados todos os cardeais com menos de 80 anos de idade. Os cardeais eleitores são obrigados a participar do Conclave e são convocados pelo cardeal mais velho (Decano).
São feitas duas eleições por dia, uma de manhã e outra à tarde, e será eleito o cardeal que, numa dessas eleições, obtiver 2/3 dos votos, considerando presentes todos os cardeais. A eleição é secreta, cada cardeal coloca em uma cédula o nome em quem deseja votar. Três cardeais são escolhidos para fazer a contagem dos votos (os escrutinadores). Conferem, após cada eleição, se o número de cédulas é igual ao de cardeais presentes. Se algum deles for escolhido com 2/3 de votos, estará eleito; se aceitar o cargo, então, é queimada uma fumaça branca no incinerador da Capela Sistina. Se após a segunda eleição do dia não houver ainda um eleito, então, queima-se uma fumaça negra que sai na chaminé da Capela, na Praça de São Pedro. Após cada eleição as cédulas são todas queimadas pelos escrutinadores.
Cada cardeal, ao colocar sua cédula na urna, diz estas palavras em forma de juramento: “Invoco como testemunha Cristo Senhor, o qual me há de julgar, que o meu voto é dado àquele que, segundo Deus, julgo deve ser eleito”.
Se houver algum cardeal doente que não possa sair de seu quarto, a urna é levada a ele, por três cardeais (os Infirmarii), para que possa votar.
Caso os cardeais não elejam o novo Papa durante três dias de votações, estas serão suspensas durante um dia para uma pausa de oração, de livre colóquio entre os votantes e de uma breve exortação espiritual, feita pelo primeiro dos cardeais da ordem dos cardeais diáconos. Há cardeais de três ordens: diáconos, presbíteros e bispos. Em seguida, recomeçam as votações. Se, após sete escrutínios, ainda não se verificar a eleição, faz-se outra pausa de oração, de colóquio e de exortação, feita pelo primeiro dos cardeais da ordem dos presbíteros. Procede-se, depois, a uma outra eventual série de sete escrutínios. Se ainda não se tiver obtido o resultado esperado, há uma nova pausa de oração, de colóquio e de exortação, feita pelo primeiro dos cardeais da Ordem dos Bispos. Em seguida, recomeçam as votações segundo a mesma forma, as quais, se não for conseguida a eleição, serão sete. (n.74)
Se ainda as votações não tiverem êxito, os cardeais eleitores serão convidados pelo Camerlengo a darem a sua opinião sobre o modo de proceder, e proceder-se-á segundo aquilo que a maioria absoluta deles tiver estabelecido. Todavia, não se poderá deixar de haver uma válida eleição, ou com a maioria absoluta dos sufrágios ou votando somente os dois nomes que, no escrutínio imediatamente anterior, obtiveram a maior parte dos votos, exigindo-se, também nesta segunda hipótese, somente a maioria absoluta.
Durante o Conclave, os cardeais ficam totalmente isolados do mundo, não podendo usar os meios de comunicação (jornal, rádio, televisão, celular, etc.), receber pessoas para visitas, etc. É terminantemente proibido aos cardeais, antes e durante o Conclave, fazer acordo entre si para a eleição de um deles, sob pena de excomunhão “latae sententiae”. O artigo 80, além disso, castiga com excomunhão os cardeais que aceitarem a proposta de uma autoridade civil de propor o veto contra algum cardeal, como acontecia até 1904.
Após a eleição de um dos cardeais, o cardeal Decano pergunta ao eleito: “Aceitas a tua eleição canônica para Sumo Pontífice?” E, uma vez recebido o consenso, pergunta-lhe: “Como queres ser chamado?”. Então, os cardeais eleitores aproximam-se para render homenagem e prestar obediência ao neoeleito Sumo Pontífice. Depois disso, o primeiro dos cardeais diáconos anuncia ao povo, que está à espera, a eleição consumada e o nome do novo Pontífice: “Nuntio vobis gaudium magnum: habemus Papam!” (“Anuncio-vos uma grande alegria: Temos um Papa”), o qual, a seguir, dá a bênção apostólica Urbi et Orbi do pórtico da Basílica do Vaticano.
No Conclave para escolha do sucessor de Bento XVI deverão estar presentes 117 cardeais. O cardeal Camerlengo, que desempenha um papel fundamental no período de vacância, é o cardeal Tarcisio Bertone, nomeado pelo Papa Bento XVI em 4 de abril de 2007. Os cardeais eleitores serão 61 europeus, 19 latino-americanos, 14 norte-americanos, 11 africanos, 11 asiáticos e 1 da Oceania. O país com o maior número de cardeais, 21, é a Itália. 67 eleitores foram criados por Bento XVI, e os restantes 50 por João Paulo II.

Professor Felipe Aquino - Canção Nova






Reflexão para o 2º Domingo da Quaresma


24 de Fevereiro - 2º Domingo da Quaresma


Pela Transfiguração do Senhor nós vemos a beleza e o esplendor de Jesus. Contemplamos a Sua Grandeza e Sua Santidade. Ele veio para salvar a todos nós. Jesus é o novo Moisés, o novo Elias que conduz os homens e mulheres de todos os tempos para a salvação definitiva. Manifestando a Sua Divindade a Pedro, Tiago e João, Jesus elimina qualquer possibilidade duvida que esses homens pudésseis ter sobre Ele. Jesus hoje se utiliza de diversos outros sinais para se transfigurar a nós, sendo o maior deles a Sua presença na Santa Eucaristia. Na Santa Eucaristia temos este contato, esta íntima comunicação com Jesus que se revela a nós.


Por FRM

Reflexão para o 1º Domingo da Quaresma

17 de Fevereiro - 1º Domingo da Quaresma


Contemplamos pela liturgia deste primeiro domingo da Quaresma a tentação de Jesus no deserto. Jesus inicia sua caminhada. A principal tentação do diabo foi à tentação do poder, pois se apresenta como o “dono do mundo”. Todo aquele que quer ganhar o mundo se prostra diante dele e nega a Deus.  Isso nos dá o ensinamento de que precisamos aprender a partilhar os bens que possuímos para que todos tenham vida. Jesus não veio para ter o seu reino pessoal, mas para estabelecer um Reino de Justiça e por isso não cede a tentação do poder, pois não é com esse “poder” que o Reino se constitui, mas com Amor, superando toda ganância e egoísmo.

Por FRM

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

O que precisamos saber sobre a Quaresma?


A Quaresma é um grande retiro de 40 dias que se inicia na Quarta-Feira de Cinzas e se conclui com a Missa da Ceia do Senhor. Por Ela Jesus começa sua missão passando quarenta dias de jejum e provação. É o tempo em que a Igreja se silencia. Silencia-se no sentido de serem retirados dos altares os sinais exteriores de alegria; o canto litúrgico tem uma conotação de penitencia e conversão; Se ausentam das nossas missas os hinos de louvor, os cantos que expressem “O Aleluia”, pois este só voltará a ser proclamado na Ressurreição do Senhor.
Como a quaresma é bem definida como um grande retiro é importante que neste tempo nos preparemos mais, seja pela penitencia, por isso é importante fazer um propósito pessoal para a Quaresma, se abstendo de alguma coisa material com a finalidade de obter um bem espiritual; É um tempo propício para meditarmos mais a Palavra de Deus e acompanharmos o que a Igreja nos diz através das cinco semanas da Quaresma pela liturgia. É na Palavra de Deus que encontraremos sentido em todos os gestos de Jesus e poderemos adquirir o equilíbrio e moderação.
É preciso que transformemos o nosso coração em um coração penitente se abstendo do pecado, pois a Quaresma é o tempo favorável da nossa conversão e como nos diz o profeta Joel precisamos “rasgar o nosso coração e não as nossas vestes” (conf. Jl 2, 13).

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Cardeais manifestam solidariedade a Bento XVI por sua renúncia


Rádio Vaticano


O decano do colégio cardinalício, Cardeal Angelo Sodano, manifestou que os cardeais receberam com "incredulidade" a notícia da renúncia do Papa Bento XVI como Sucessor de Pedro.  O anúncio foi feito nesta segunda-feira, 11, pelo próprio Bento XVI no final do Consistório público para a promulgação da causa de três novos santos.

O anúncio foi feito em latim, e ao tomar a palavra, o Cardeal Sodano disse: “Santidade, recebemos sua mensagem quase que completamente incrédulos. Permita-me dizer-lhe, em nome de todos os seus colaboradores, que estamos mais do que nunca solidários com o senhor, como estivemos nesses luminosos oito anos do seu pontificado”.

O Decano do colégio cardinalício afirma que antes de 28 de fevereiro, dia em que Bento XVI deseja efetivar sua renúncia, o colégio de cardeais terá a oportunidade de expressar melhor ao Santo Padre os seus sentimentos. "Certamente, as estrelas no céu continuam sempre brilhando e assim brilhará sempre em meio a nós a estrela do seu pontificado”. A essas palavras, seguiu-se um caloroso abraço entre o decano do colégio cardinalício e Bento XVI.

URGENTE: Bento XVI anuncia sua renúncia como Papa

O Papa Bento XVI anunciou nesta segunda-feira, 11, que vai renunciar à sua função como Papa no dia 28 de fevereiro. Veja abaixo o texto integral do anúncio: 

Caríssimos Irmãos,

"Convoquei-vos para este Consistório não só por causa das três canonizações, mas também para vos comunicar uma decisão de grande importância para a vida da Igreja. Depois de ter examinado repetidamente a minha consciência diante de Deus, cheguei à certeza de que as minhas forças, devido à idade avançada, já não são idôneas para exercer adequadamente o ministério petrino. Estou bem consciente de que este ministério, pela sua essência espiritual, deve ser cumprido não só com as obras e com as palavras, mas também e igualmente sofrendo e rezando. Todavia, no mundo de hoje, sujeito a rápidas mudanças e agitado por questões de grande relevância para a vida da fé, para governar a barca de São Pedro e anunciar o Evangelho, é necessário também o vigor quer do corpo quer do espírito; vigor este, que, nos últimos meses, foi diminuindo de tal modo em mim que tenho de reconhecer a minha incapacidade para administrar bem o ministério que me foi confiado. Por isso, bem consciente da gravidade deste ato, com plena liberdade, declaro que renuncio ao ministério de Bispo de Roma, Sucessor de São Pedro, que me foi confiado pela mão dos Cardeais em 19 de Abril de 2005, pelo que, a partir de 28 de Fevereiro de 2013, às 20,00 horas, a sede de Roma, a sede de São Pedro, ficará vacante e deverá ser convocado, por aqueles a quem tal compete, o Conclave para a eleição do novo Sumo Pontífice.

Caríssimos Irmãos, verdadeiramente de coração vos agradeço por todo o amor e a fadiga com que carregastes comigo o peso do meu ministério, e peço perdão por todos os meus defeitos. Agora confiemos a Santa Igreja à solicitude do seu Pastor Supremo, Nosso Senhor Jesus Cristo, e peçamos a Maria, sua Mãe Santíssima, que assista, com a sua bondade materna, os Padres Cardeais na eleição do novo Sumo Pontífice. Pelo que me diz respeito, nomeadamente no futuro, quero servir de todo o coração, com uma vida consagrada à oração, a Santa Igreja de Deus".

Vaticano, 10 de Fevereiro de 2013.

Bento XVI



Rádio Vaticano

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Oração para o XXI Dia Mundial do Enfermo


Cidade de Vaticano (RV) - Celebra-se na próxima segunda-feira, dia 11, o XXI Dia Mundial do Enfermo e a Festa de Nossa Senhora de Lourdes.

Eis a oração para esse dia.

Oração para o XXI Dia Mundial do Enfermo

Deus todo poderoso e eterno
és o nosso alicerce e apoio,
és a esperança que nunca nos abandona,
és o amor que se entrega na Cruz e na Ressurreição de Jesus.
Faz que o Teu Rosto resplandeça sobre todos os doentes,
os que sofrem e os moribundos,
e sê misericordioso para com eles.
Envia ainda bons samaritanos
para que salvem e curem os doentes, os que sofrem e os moribundos,
e auxiliem desinteressadamente os mais vulneráveis.

Santa Maria, Mãe de Deus,
dirigimos-te agora a nossa súplica:
Tu conheces a dor dos desamparados,
quando o sofrimento não pode ser afastado.
Através do teu sofrimento materno,
principalmente quando estavas sob a cruz,
tornaste-te para nós a salvação dos doentes.
Faz que tenhamos a força e a coragem
de olhar para o Crucificado,
e que suportemos com coragem
os nossos sofrimentos confiando n’Ele.

Deus cheio de bondade, nosso Pai,
damos-Te graças por tantos testemunhos exemplares
que seguiram um caminho de tribulação
e que nos deste como nossos intercessores.
Damos-Te graças por Santa Anna Schäffer,
que, desde a sua juventude, foi duramente provada 
ficando acamada devido a um grave acidente.
Dirigimo-nos a ti, Santa Anna Schäffer: 
através dos teus esforços para uma íntima amizade
com Jesus Cristo crucificado e ressuscitado,
conseguiste não apenas suportar a dor
mas também a sacrificar-te com Ele por todos os que sofrem,
especialmente aqueles que se sentiam privados da esperança.
Através da tua intercessão, ajuda-nos também a nós
a abraçar a nossa vida, mesmo se provada pela dor,
a olhar com confiança para Jesus crucificado
e a percorrer o nosso caminho na certeza
que o amor de Cristo é mais forte do que qualquer dor,
mais forte do que o mal e a morte.

Deus cheio de bondade, nosso Pai,
damos-Te graças pelo Beato Papa João Paulo II.
Ele esteve sempre ao lado dos doentes
e foi um grande defensor da vida humana.
Dirigimo-nos a ti,
Beato Papa João Paulo II:
faz que com a oração obtenhamos a força da fé
e a certeza que não nos perderemos, 
e que toda a nossa vida e os nossos sofrimentos
estão seguros nas mãos e no coração de Deus.
Dá-nos a coragem com o teu exemplo de agonia,
mesmo nas últimas horas da nossa vida.

Senhor Deus, nós Te damos graças também pela Beata Madre Teresa de Calcutá,
verdadeiro anjo nas noites escuras dos marginalizados e moribundos.
Dirigimo-nos a ti: Beata Madre Teresa que,
confiando no amor infinito de Jesus Cristo e
no seu sacrifício de morte na cruz,
tudo fizeste para que a luz deste seu amor penetrasse a escuridão do sofrimento.
Obtém-nos a fé e a confiança para que possamos
também nós ser luz para os outros que sofrem.
Faz que possamos irradiar a esperança,
e que reconheçamos no próximo, no doente e no sofredor,
o Rosto de nosso Senhor e possamos dar-lhes a nossa ajuda.

Deus Uno e Trino,
agora nos entregamos nas tuas generosas mãos paternas.
Confiamos no teu amor sem limites
e por Ti somos amparados 
nos dias bons e naqueles difíceis,
na vida e na morte.
Faz que, através da nossa dor,
a nossa fé e a nossa confiança em Ti sejam renovadas
para que todo o povo de Deus possa experimentar a graça da redenção.
Agora e para sempre.
Amém.

Indulgência plenária para Dia Mundial do Enfermo


Decreto
Indulgências Especiais em ocasião
do 21º Dia Mundial do Enfermo

A Redenção cumpriu-se mediante a Santa Cruz de Cristo, através de sua paixão. Todos os sofrimentos humanos, em verdade, podem participar do sofrimento redentor do Senhor; diz, de fato, o Apóstolo São Paulo: “O que falta às tribulações de Cristo, completo na minha carne, por seu corpo que é a Igreja” (Col 1, 24). 

No corrente Ano da Fé, dedicado em particular à profissão da verdadeira fé e à sua reta interpretação, vale a pena recordar o luminoso ensinamento do Concílio Vaticano II sobre o sentido cristão do sofrimento e da sua partilha entre os irmãos: “Porque as obras de caridade e de misericórdia oferecem um esplêndido testemunho de vida cristã, a formação apostólica deve conduzir também ao seu exercício, de modo que desde a infância os fiéis aprendam a partilhar os sofrimentos dos irmãos e a resgatá-los generosamente quando eles precisam” (Decr.Apostolicam Actuositatem, 31 c).

Portanto, impulsionado pelo desejo de que a anual celebração do Dia Mundial do Enfermo, neste ano particularmente solene, revele-se uma sempre mais eficaz catequese sobre o sentido salvífico do sofrimento e sensibilize todos aqueles que, em vários títulos, estão empenhados a serviço de quem sofre na alma e no corpo, o Santo Padre escolheu como tema do 21º Dia Mundial do Enfermo, que será celebrado de 7 a 11 de fevereiro, o Bom Samaritano: “Vai e faz tu também o mesmo” (Lc 10, 37), que ensina a “fazer bem a quem sofre e fazer o bem com o próprio sofrimento” (Cart. ap. Salvifici doloris, 30). Na conclusão do Dia, na memória litúrgica da Virgem de Lourdes, Sua Excelência Dom Zygmunt Zimowski, Presidente do Pontifício Conselho para os Agentes de Saúde, Enviado Especial de Sua Santidade, presidirá no Santuário Mariano de Altötting, da Diocese de Passau, uma solene Celebração eucarística com a administração do sacramento da Unção dos enfermos. 

A fim de que os fiéis se preparem espiritualmente para participar do melhor modo do acontecimento, Sua Santidade Bento XVI, em Audiência concedida, no dia 18 de janeiro, com o Cardeal Penitenciário-Mor e Regente desta Penitenciaria Apostólica, de bom grado concedeu o dom de Indulgências a tenor do seguinte dispositivo, desde que os fiéis, verdadeiramente arrependidos e estimulados pela caridade, sob o exemplo do Bom Samaritano, com espírito de fé e com alma misericordiosa, coloquem a si mesmo a serviço dos irmãos sofredores e, se por sua vez doentes, suportem as dores e dificuldades da vida, elevando com humilde confiança sua alma a Deus e oferecendo aberto testemunho de fé por meio da via do Evangelho do sofrimento: 

A. A Indulgência plenária, que os fiéis, com a alma verdadeiramente arrependida e contrita, poderão obter uma vez ao dia em condições habituais (Confissão sacramental, Comunhão eucarística e oração segundo as intenções do Santo Padre) e também aplicar em sufrágio das almas dos fiéis defuntos, sempre que, de 7 a 11 de fevereiro próximo, no Santuário Mariano de Altötting ou em qualquer outro lugar estabelecido pela Autoridade eclesiástica, participarem devotamente de uma cerimônia celebrada para implorar a Deus os propósitos do Dia Mundial do Enfermo  e recitarem o Pai Nosso, o Credo e uma invocação piedosa à Beata Virgem Maria. 

Os fiéis que em hospitais públicos ou em qualquer casa privada assistem caritativamente, como o Bom Samaritano, os adoentados e, por motivo do seu serviço não possam participar das funções supracitadas, obterão o mesmo dom da Indulgência plenária, se neste dias prestarem generosamente ao menos por algumas horas a sua assistência caritativa como se o fizessem ao próprio Cristo Senhor (cf. Mt 25, 40) e recitarem o Pai Nosso, o Credo e uma invocação piedosa à Beata Virgem Maria, tendo a alma livre de todo pecado e o propósito de cumprir, o mais breve possível, as condições requeridas para a obtenção da Indulgência plenária. 

Os fiéis, enfim, que por doença, por idade avançada ou por outra razão similar, estiverem impedidos de tomar parte da cerimônia supra indicada, obterão a Indulgência plenária, desde que, tendo a alma livre de qualquer pecado e propondo-se a cumprir o mais breve possível as condições habituais, participem espiritualmente das sagradas funções nos dias determinados, particularmente entre as Celebrações litúrgicas e a Mensagem do Sumo Pontífice que serão transmitidas pela televisão e pela rádio, orem devotamente por todos os adoentados e ofereçam a Deus, através da Virgem Maria, Salus infirmorum, seus sofrimentos físicos e espirituais. 

B. A Indulgência parcial a todos os fiéis sempre que dirigirem a Deus misericordioso, com coração contrito, nos dias supra sinalizados, devotas orações em auxílio dos enfermos no espírito do corrente Ano da Fé. 

O presente Decreto entra em vigor por esta ocasião. Não obstante qualquer disposição em contrário. 

Dado em Roma, na sede da Penitenciaria Apostólica, em 25 de janeiro de 2013, na Solenidade da Conversão de São Paulo, que conclui a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos. 


Cardeal Manuel Monteiro de Castro
Penitenciário-Mor

Mons. Krzysztof Nykiel
Regente

Boletim da Santa Sé

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

14º Cerco de Jericó

" Senhor, desatai os nós, derrubai as muralhas e aumentai a nossa fé."


"Todas as graças que desejamos devemos pedi-las através de Nossa Senhora, porque ela nos obtém tudo o que precisamos." (Santo Afonso de Ligório)