quarta-feira, 8 de maio de 2013

Papa Francisco nomeia dois novos bispos brasileiros

POR: CNBB
QUA, 08 DE MAIO DE 2013


Na manhã desta quarta-feira, 08 de maio, a Nunciatura Apostólica no Brasil comunicou que o Papa Francisco fez a nomeação de dois novos bispos brasileiros. O Monsenhor Luiz Antonio Cipolini (na foto, à esquerda) para a Diocese de Marília (SP), e o Monsenhor José Aparecido Gonçalves de Almeida para auxiliar na Arquidiocese de Brasília (DF).
Até agora, Mons. Luiz Antonio trabalhava como pároco da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, em São João da Boa Vista (SP). Ao longo de 26 anos de sacerdócio, atuou como vigário em Mogi Guaçu e Vargem Grande do Sul, além de colaborar na formação de novos presbíteros. Sua nomeação ocorre após o pedido de renúncia de dom Osvaldo Giuntini, por motivo de idade.
O Mons. José Aparecido atualmente residia no Vaticano, onde trabalhava no Pontifício Conselho para os Textos Legislativos. Foi ordenado presbítero em 1986, na diocese de Santo Amaro (SP), onde atuou como vigário em diversas paróquias. Foi nomeado como bispo titular de “Enera” e auxiliar para a Arquidiocese de Brasília a pedido de dom Sérgio da Rocha.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

A HISTÓRIA DA MÚSICA NA BÍBLIA


A importância da Música nas Sagradas Escrituras.

Caríssimos irmãos e irmãs em Cristo, a música sempre esteve presente desde os tempos mais remotos na vida da humanidade, assim como também o louvor a Deus nas Sagradas Escrituras. Na Bíblia deparamo-nos com mais de seiscentas referências ao canto e a música como, por exemplo: Os Instrumentos musicais; Músicos; Canto e Cântico.

Os Instrumentos Musicais dentro das Sagradas Escrituras recebem vários nomes: Lira, Gn 4,21: “O nome de seu irmão era Jubal: ele foi pai de toso os que tocam a lira e charamela”; Trompa ou Buzina, Sl 98,6: “com trombetas e o som da corneta aclamai a Iahweh!”, Os 5,8: “Tocai a trombeta em Gabaá, a tuba em Ramá, dai alarme em Bet-Áven...”; Címbalos, 2Sm 6,5: “Davi e toda a casa de Israel dançaram diante de Iahweh ao som de todos os instrumentos de madeira de cipreste, das cítaras, das harpas, dos tamborins, dos pandeiros e dos címbalos”, Sl 150,5: “louvai-o com os címbalos sonoros, louvai-o com címbalos retumbantes”; Trombeta, usada na guerra Nm 10,9: “Quando, no vosso país, tiverdes de partir para a guerra contra um inimigo que vos oprime, tocareis as trombetas com fragor e aclamações...”, também usada nas celebrações do culto Lv 25,9: “No sétimo mês, no décimo dia do mês, farás ressoar o toque da trombeta; no dia das Expiações, fareis soar a trombeta em todo o país”, 1 Re 1,34: “Lá o sacerdote Sadoc e o profeta Natã o ungirão rei de Israel e vós tocareis a trombeta e gritareis: ‘Viva o rei Salomão!’”; Orquestra completa, Ne 12,27: “Por ocasião da dedicação da muralha de Jerusalém, convocaram-se os levitas de todos os lugares onde residiam para virem a Jerusalém, a fim de celebrarem a dedicação alegremente, com cânticos de ação de graças ao som de címbalos, cítaras e harpas”; Gaita de Foles, Dn 3,5: “no instante em que ouvires soar a trombeta, a flauta, a cítrara, a sambuca, o saltério, a cornamusa e toda espécie de instrumentos musicais, prostraram-se todos os povos, nações e línguas, adorando a estátua de ouro levantada pelo rei Nabuconodosor”; Flauta, Jó 21,12; Saltério, 1 Sm 10,5, Sal 33,2; Tambor, Gn 31,27 e Is 5,12; Tamborim, Ex 15,20; Sal 68,25;
Os músicos assim como os instrumentos tinham grande importância: Músicos jovens, Jz 11,34: “Quando Jefté voltou a Masfa, à sua casa, eis que a sua filha saiu ao seu encontro dançando ao som dos tamborins...”, 1 Sm 16,18: “...Tenho visto um filho de Jessé, o belemita, que sabe tocar e é um valente guerreiro, fala com discernimento e é de bela aparência...”, Tocando instrumentos, Ez 33,32: “Tu és para eles como uma canção suave, bem cantada aos som de instrumentos de corda: eles ouvem tuas palavras, mas ninguém as prática”.
O Canto possuía uma característica importante, pois era considerado como um dever religioso: Sl 81,1: “Gritai de alegria ao Deus, nossa força, aclamai ao Deus de Jacó”; Sl 95,1: “Vinde, exultemos em Iahweh, aclamemos o Rochedo que nos salva’; Is 30,29: “O cântico se apoderará de vós como na noite da festa, e a alegria inundará vossos corações como a alegria de quem marcha ao som da flauta, ao dirigir-se ao monte de Iahweh, à rocha de Israel”; em I Cor 14,15: “Que fazer, pois?...Cantarei com o meu espírito mas cantarei também com a minha inteligência”; Ef 5,19: “Falai uns aos outros com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando e louvando ao Senhor em vosso coração”; Tg 5,13: “Sofre alguém dentre vós um contratempo? Recorra à oração. Está alguém alegre? Cante.”
O Cântico era um grande sinal de expressão da alegria de uma pessoa ou de um povo diante de uma grande libertação ocorrida, porém também podia ser visto como algo mal quando se estava na ociosidade: Am 5,23: “Afasta de mim o ruído de teus cantos, eu não posso ouvir o som de tuas harpas”; na noite, Sl 42,9: “De dia Iahweh manda o seu amor, e durante a noite eu cantarei uma prece ao Deus da minha vida”; Sl 77,6: “penso nos dias de outrora os anos longínquos recordo; pela noite murmuro em meu coração...”; Jó 35,10: “...mas ninguém diz: Onde está o Deus que me criou que na noite inspira cantos de alegria”; como também o cântico de vitória, Ex 15,1: “Então, Moisés e os israelitas entoaram este canto a Iahweh: “Cantarei a Iahweh, porque se vestiu de glória; ele lançou no mar o cavalo e o cavaleiro”; Jz 5,1: “Naquele dia, Débora e Barac, filho de Abinoem, entoaram um cântico: Já que, em Israel, os guerreiros soltaram a cabeleira e o povo espontaneamente se apresentou, bendizei a Iahweh”; Ap 14,3:  “Cantavam um cântico novo diante do trono, dos quatros Seres vivos e dos Anciãos. Ninguém podia aprender o cântico, exceto os cento e quarenta e quatro mil que foram resgatados da terra”; Ap 15,3: “...cantando o cântico de Moisés, o servo de Deus,e o cântico do Cordeiro: “Grandes e maravilhosas são as tuas obras...”. 
O Rei Davi, foi um dos mais expoentes músicos que encontramos nas Sagradas Escrituras. Sua reputação e seu talento poético era muito forte a ponto de tocar perante o rei Saul e também o de escrever uma das maiores obras primas da literatura espiritual que são os Salmos. 

Nas Sagradas Escrituras, as primeiras referências bíblicas se encontram no livro do Gênesis 4,21: “O nome de seu irmão era Jubal: ele foi o pai de todos os que tocam lira e charamela” (Bíblia de Jerusalém, 2010), mas também encontramos uma linda referência no livro do Êxodo, onde encontramos a passagem da narração da libertação do povo de Deus do Egito e a passagem pelo Mar Vermelho, Êxodo 15,20-21:

Maria, a profetisa, irmã de Aarão, tomou na mão um tamborim e todas as mulheres a seguiram com tamborins, formando coros de dança. E Maria lhes entoava: “Cantai a Iahweh, pois de glória se vestiu; ele jogou ao mar cavalo e cavaleiro.” (Bíblia de Jerusalém, 2010).

1 Sm16,14-23 : O espírito de Iahweh tinha se retirado de Saul, e um mau espírito, procedente de Iahweh, lhe causava terror. Então os servos de Saul lhe disseram: "Eis que um mau espírito vindo de Deus te aterroriza. Mande nosso senhor, e os servos que te assistem irão buscar um homem que saiba dedilhar a lira e, quando o mau espírito da parte de Deus te atormentar, ele tocará e tu te sentirás melhor". Então Saul disse a seus servos: "Procurai, pois um homem que toque bem e trazei- mo".Um dos seus servos pediu para falar e disse: "Tenho visto um filho de Jessé, o belemita, que sabe tocar e é um valente guerreiro, fala bem, é de bela aparência e Iahweh está com ele". Saul despachou logo mensageiros a Jessé com esta ordem: "Manda-me o teu filho Davi (que está com o rebanho)". Jessé tomou cinco pães, um odre de vinho, um cabrito, e mandou seu filho Davi levar tudo a Saul. Davi chegou à presença de Saul e se pôs ao seu serviço. Saul sentiu grande afeição por ele, e Davi se tornou seu escudeiro. Saul mandou dizer a Jessé: "Davi ficará a meu serviço, porque conquistou a minha admiração". Todas as vezes que o espírito de Deus o acometia, Davi tomava a lira e tocava; então Saul se acalmava, sentia-se melhor e o mau espírito o deixava. (Bíblia de Jerusalém – 2010).
Outra passagem belíssima é o testemunho da libertação espiritual, através do louvor que  é narrado no livro de 1Sm 16,23: “Todas as vezes que o espírito de Deus o acometia, Davi tomava a lira  e tocava; então Saul se acalmava, sentia-se melhor e o mau espírito o deixava”. Uma característica importante que notamos é que os povos do Antigo Testamento utilizavam-se do canto e dos diversos instrumentos nos mais diversos momentos, com a função de glorificar a Deus, pela vitória na batalha ou para reunir o seu povo para combater o inimigo.  Como pode ser visto nas seguintes passagens: Êxodo 15,1-2:

Então, Moisés e os israelitas entoaram este canto a Iahweh: “Cantarei a Iahweh, porque se vestiu de glória; ele lançou no mar o cavalo e o cavaleiro. Iahweh é minha força e meu canto, a ele devo a salvação. Ele é meu Deus, e o glorifico, o Deus do mau pai, e o exalto. (Bíblia de Jerusalém, 2010).

            Na passagem, Josué 6,4-5:

“Sete sacerdotes levarão diante da Arca sete trombetas de chifre de carneiro. No sétimo dia rodeareis a cidade sete vezes, e os sacerdotes tocarão as trombetas. E quando tocarem com fragor o chifre de carneiro (assim que ouvirdes o som da trombeta), todo o povo lançara um grande grito de guerra, e as muralhas da cidade cairão e o povo subirá, cada um no lugar à sua frente.” (Bíblia de Jerusalém, 2012)

            Em 1Samuel 16,16-19:

“Mande nosso Senhor, e os servos que te assistem irem buscar um homem que saiba dedilhar a lira e, quando o mau espírito da parte de Deus te atormentar, ele tocará e tu te sentirás melhor”. Então Saul disse a seus servos: “Procurai, pois um homem que toque bem e trazei-mo”. Um dos seus servos pediu para falar e disse: “Tenho visto um filho de Jessé, o belemita, que sabe tocar e é um valente guerreiro, fala com discernimento, é de bela aparência e Iahweh está com ele”. (Bíblia de Jerusalém, 2010).

            Assim como nas passagens bíblicas anteriores, também as encontramos no livro dos Salmos. O Salmo 32 – A Confissão liberta do pecado; 91 – Cântico do Justo; 136 – Grande ladainha de ação de graças; 149 – Hino triunfal e o 150 – Doxologia final.
            No Novo Testamento, as primeiras referências que encontramos sobre a Música estão nos Evangelhos, onde por muitas vezes os salmos são repetidos por Mateus, Marcos e Lucas. Nos Evangelhos de Mateus e Marcos, encontramos escrito que Jesus e os seus discípulos após fazerem a preparação para a última Ceia, cantaram um hino e subiram ao Monte das Oliveiras, Mt 26,30/Mc 14,26: “Depois de terem cantado o hino, saíram para o Monte das Oliveiras.”. Mas há um fato primordial no Novo Testamento em que a música está ligada, é o fato da narração do nascimento de Jesus em Belém, quando os Anjos entoaram o Glória: Lc 2,14: “Glória a Deus no  mais alto dos céus e paz na terra aos homens que ele ama!” (Bíblia de Jerusalém, 2010).
            O Apóstolo Paulo na Igreja de Éfeso e dos Colossenses, instruía os cristãos para louvarem a Deus com salmos, hinos e cânticos espirituais: Efésios 5,19-20: “Falai uns aos outros com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando e louvando ao Senhor em vosso coração, sempre por tudo dando graças a Deus, o Pai, em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo.” (Bíblia de Jerusalém, 2010).


            A partir de todas as passagens bíblicas citadas anteriormente, podemos afirmar que tanto no Antigo Testamento como no Novo Testamento, a música estará sempre como um louvor fundamental a Deus.    
 
            Em breve continuaremos nossa reflexão sobre o Canto e a Música na Bíblia, quando veremos um pouco da teologia dos Salmos. 







Seminarista Edélcio Augusto Soares
4° Ano de Teologia
01 de Maio de 2013